domingo, 9 de junho de 2013

Velozes e Furiosos 6

Sinopse:

Desde que o golpe de Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) no Rio de Janeiro deixou o grupo com US$100 milhões, os heróis se espalharam pelo globo. Mas a incapacidade de voltar para casa e viver em um lar tornou suas vidas incompletas. Enquanto isso, Jobbs (Dwayne Johnson) esteve perseguindo uma organização de mercenários sobre rodas, um grupo de homens cruéis divididos em 12 países, cujo mentor (Luke Evans) tem ajuda da destemida Letty (Michelle Rodriguez), a antiga namorada de Dom, que ele acreditava estar morta. A única maneira de parar este grupo de criminosos é superá-los nas ruas, por isso Hobbs pede a Dom para reunir um grupo de elite em Londres. A recompensa? Perdão a todos eles, para poderem voltar para as suas casas e tornarem suas famílias completas novamente.


Critica:


Em um cenário paradisíaco nas ilhas Canárias, dois carros fazem uma disputa particular em uma estrada estreita, à beira de um abismo. A tensão pela situação se mistura com a beleza do lugar, representando com exatidão o que se tornou a série Velozes & Furiosos após o quinto filme, situado no Rio de Janeiro. Seguindo a fórmula James Bond, agora Vin Diesel e companhia percorrem diversos lugares mundo afora e, é claro, fazem seus pegas nestes cenários pitorescos. A novidade trazida por Velozes & Furiosos 6 não é propriamente no formato, consagrado pelo sucesso dos filmes anteriores, mas na dimensão que tudo ganha. Trata-se, sem sombra de dúvidas, do mais grandioso exemplar da série.Velozes & Furiosos 6 - FotoDito isto, o novo filme traz as mesmas deficiências que já se tornaram recorrentes – e marca registrada – da série como um todo: a incrível inexpressividade de Paul Walker, a canastrice de Vin Diesel, o roteiro mirabolante e incoerente e, é claro, a clássica cena do pega onde carros e mulheres seminuas aos som de hip hop dividem a mesma cena. São todas características típicas de Velozes & Furiosos, as quais não podem faltar em qualquer filme da série. O grande lance deste sexto episódio é que há um clima de não se levar nem um pouco a sério, presente não apenas nas cenas de ação mas especialmente nos atos dos personagens principais e na interação entre eles. O maior exemplo é a quantidade de piadas em torno de Dwayne Johnson, ressaltando seu porte físico, e a divertida sequência por ele estrelada ao lado de Ludacris.

O humor, por sinal, é um dos destaques de Velozes & Furiosos 6. Especialmente através de Tyrese Gibson, que assume a função de piadista da hora. Com tiradas espirituosas, em diversos momentos ele rouba a cena e chega até mesmo a ofuscar os protagonistas. O lado família, marcante em Velozes & Furiosos 5 - Operação Rio, mais uma vez marca presença, não apenas pela união em torno de Dom mas também no sentido literal: agora Brian (Walker) é pai e, como tal, possui responsabilidades. Quer dizer, mais ou menos, pois a esposa (Jordana Brewster) é sempre bem condescendente com as aventuras do maridão. Difícil aceitar que, numa família minimamente normal, algo do tipo acontecesse. Mas como normalidade passa longe do universo de Velozes & Furiosos, tudo bem.
Velozes & Furiosos 6 - FotoEntretanto, o grande carro chefe de Velozes & Furiosos 6são as cenas de ação. Gigantescas, impactantes e por vezes brutais, como as duas impressionantes lutas entre Michelle Rodriguez e Gina Carano. A força bruta também vem à tona nas poucas lutas envolvendo The Rock, especialmente em seu combate final. Porém, são as perseguições que mais chamam a atenção. Não apenas pelo absurdo do que acontece mas também pelo lado visual, especialmente quando o carro-rampa do vilão Owen Shaw (Luke Evans) surge em cena causando capotagens espetaculares.

Velozes & Furiosos 6 é um filme que cumpre com eficiência aquilo que se propõe a ser: puro entretenimento. O roteiro é mal amarrado – por mais que haja um esforço em interligá-lo com os filmes anteriores da série -, o elenco é exagerado e há diálogos pra lá de batidos. Porém, há também cenas de ação absurdamente deliciosas, daquelas que deixam o espectador boquiaberto diante do quão impossível é aquilo visto em cena, e soluções visuais bacanas que funcionam para o filme como um todo. É o chamado “guilty pleasure”, ou diversão com culpa, pelo reconhecimento do quão toscas são certas situações e, ainda assim, ser um filme bem divertido. Aos apressados de plantão, fica ainda o aviso de que há uma importante cena após o término do filme, antes dos créditos finais, com uma surpresa parecida com a presente no quinto episódio. Vale a pena aguardar.




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